sexta-feira, janeiro 27, 2006

Efeitos da medicação

5
Gostar de música clássica manda sempre alto cenário, sobretudo quando um gajo é eclético e ouve Schubert a seguir a Marilyn Mason e bebe chá, mas come com as mãos, e é gajo, mas mija sentado e o pessoal fica naquela: “este gajo tem o estilo supremo, apesar da maquilhagem”, que é só um pesseguinho, mas o pessoal parece levar a mal e ás tantas é um bacanal lá por casa que já ninguém sabe quem é a cabra cega (e não me estou a referir ao jogo) ou de quem é o sangue no preservativo.

Mas na música clássica o rei é Beethoven e não me venham com histórias porque o gajo era surdo e quando é assim não há nada a fazer porque a cena de eleger o melhor de sempre é como os concursos de admissão na Função Pública. Há dúvidas, ganha o deficiente.

E mesmo que assim não acontecesse bastava ao Beethoven ter dito ainda em miúdo “eu sou o maior de sempre” para assim ficar, porque podiam chegar ao pé dele anos mais tarde e dizer “há um gajo no império otomano que toca muito melhor que tu” e o gajo dizia “desculpa, não ouvi. Agora vai-me buscar um copo de água com mel” e ficava sempre a ganhar, porque como Howard Becker nos ensinou a validade do facto está no seu reconhecimento e o mel faz bem à garganta e quando é assim, toda a gente ganha, incluindo os necrófilos, que é malta que nunca devia ganhar e é por isso que eu não como mel nem leio livros, nem separo o lixo, porque não alinho no jogo deles e sou daltónico e acabo sempre por meter os papeis na cena das garrafas e as garrafas na cena das pilhas e as pilhas na cena das gajas, que elas ficam completamente malucas, especialmente quando ainda tem uma réstia de energia e aquilo manda estalos de pôr a púbis ao estilo daquele gajo dos D’zrt que parece ter um texugo morto ao longo da cabeça e que é o encarregado de limpeza da banda nos espectáculos, é que ouvi dizer que o gajo varre tudo em dois minutos, apenas fazendo o pino e acenando que não, sendo necessário para isso apenas colocar uma questão tipo - “Tens noção do ridículo?” e o gajo com este mote deixa tudo brilhar, incluindo os dentes do outro que parece o Sr. Castor do anúncio da Dentagard com uma gengivite!

E depois o Beethoven merece ser o melhor compositor de sempre porque perdeu a audição ainda em jovem e isso é má onda e é como um puto que quer vir a ser MC de hip-hop e perder a Magnum 44 aos 10 anos, restando-lhe apenas um canivete suíço para o resto da vida e toda a gente sabe que um rapper não chega a lado nenhum com uma faquinha e um abre-caricas, por maiores unhas ou menor escolaridade que se tenha e um gajo fica triste porque toda a gente merece uma oportunidade, até aquele pessoal que insiste em jogar ao "bate-pé" até aos 32 anos, teimando em não assumir a acepção adulta da palavra “coito” e depois mata pessoas sob a ordem de animais imaginários e árvores de fruto e isso e pronto.

5 Response to Efeitos da medicação

Anónimo
27 janeiro, 2006 18:46

Bolas meu hoje o Mozart faz 250 primaveras , e tu lá voltas aos surdos mudos.

Anónimo
27 janeiro, 2006 19:37

ele não tomou os remédios hoje...

28 janeiro, 2006 12:38

...ou são os efeitos da medicação.

28 janeiro, 2006 17:04

Soberbo...eheheheheh

Anónimo
28 janeiro, 2006 17:34

Judas, dizes-me o que bebeste antes de escrever isto ?

tambem quero !