terça-feira, janeiro 30, 2007

Tinto vs. Alzheimer

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Vaga de frio

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Informo que a vaga de frio já se encontra preenchida. Por favor não enviem mais currículos.

Jamie Cullum...

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...é de algum tempo a esta parte um dos meus músicos favoritos. Vejam, ouçam e se quiserem... coiso! Aconselho-vos a comprarem o DVD gravado ao vivo no Blenheim Palace.


segunda-feira, janeiro 29, 2007

Muito bom... outro ponto de vista

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A GNR da Republica Checa

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Histórias da minha terra em VHS - Vol.1

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Sô Mendes: Lembro-me bem dos primeiros tempos. Uma altura ia eu para Lisboa...
Sra Mendes: Sempre teve fraca memória este homem!
Sô Mendes: ...ia eu o Sá, o Rodrigues e o alferes Oliveira quando de repente uma mulher da vida se vira para nós...
Sra Mendes: Isto não tem ponta por onde se lhe pegue.
Sô Mendes: ...a fazer olhinhos e nós, malandros como éramos, piscámos-lhe o olho...
Sra Mendes: Oh não, lá vamos nós outra vez.
Sô Mendes: ...e dissémos "ó farpa!!!" e a rapariga, toda jeitosa, com um vestido que se usava na altura a verem-se os joelhos todos...
Sra Mendes: Quantas vezes lhe mostrei eu os joelhos!!!
Sô Mendes: ...a olhar para nós de canto, com um sorrisinho maroto, a mexer ao de leve no cabelo encaracolado, deitando a língua de fora de vez em quando...
Sra Mendes: Se calhar estava cheia de aftas.
Sô Mendes: ...chegou à minha beira e pediu-me lume, eu não fumava mas tinha um maçarico no saco...
Sra Mendes: ??????
Sô Mendes: ...meteu graciosamente o cigarro à boca e eu ateei o lança-chamas...
Sra Mendes: (escandalizada) Pobre rapariga!!!
Sô Mendes: ...e aquilo era labaredas por tudo quanto era lado, vieram os bombeiros...
Sra Mendes: Santo Deus.
Sô Mendes: ...mas não puderam fazer nada, aquilo era já cadáver, viam-se os ossos todos calcinados...
Sra Mendes: (enojada) Por amor de Deus.
Sô Mendes: ...retiraram o corpo envolto num plástico e depois serviram bolinhos de bacalhau e licor Beirão...
Sra Mendes: Sinceramente!
Sô Mendes: ...e foi uma festa toda a noite.
Sra Mendes: Não sentes remorsos?
Sô Mendes: Não tinha fósforos à mão!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Comunicado

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Por dificuldades de tesouraria, o proprietário deste tasco reserva-se ao direito de não atribuir qualquer tipo de prémio ao visitante nº 10.000.

Talvez se venha a premiar o vistante nº 10.731.

Pede-se desculpa pelo incómodo. Mas relembramos que esta situação se deve única e exclusivamente a dificuldades de tesouraria!

Mas o 10.731 se calhar ganha qualquer coisa. Ainda não se sabe.

Mas pode!

Um mero ponto de vista

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quinta-feira, janeiro 25, 2007

Lisa Ekdahl...

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...é das minhas intérpretes femininas favoritas. Foi através da Meh que tive a oportunidade de ter contacto com a maravilhosa voz desta sueca. Infelizmente só lhe conheço a voz, ainda não tive oportunidade de lhe conhecer mais nada.

Como hoje estou um mãos largas... aqui fica um dos álbuns da Lisa para vocês sacarem adquirirem.

Miki Fehér

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Mika...

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...um libanês do qual muito se vai ouvir falar este ano. Ouçam e vejam que vale a pena. E se quiserem podem sacar adquirir o álbum aqui.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

O jardineiro é Jesus...

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...e as árveres somos nozes!

E o cuzinho lavado com água de colónia!?

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O papel da escola...

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Um ponto de vista.

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O primeiro "Não" ponto de vista que me fez parar para pensar!



E este o segundo!

terça-feira, janeiro 23, 2007

Eu sei...

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...que tenho um feitiozinho especial, mas detesto os mascarados no carnaval! Nunca entendi esta paranóia das máscaras. Desde já confesso que não estou muito à vontade em sítios onde não se sabe se os homens são homens ou se são mulheres. E também nunca sei responder às coisas que os mascarados dizem! Balbuciam qualquer coisa e um gajo tem de responder sempre educadamente, pois não faço a mínima ideia com quem se está a falar. E eles comportam-se como se um gajo estivesse muito chateado por não saber quem eles são. Ficam ali a olhar para nós como que a pensar "Estou tão bem disfarçado que não há maneira de lá chegares".

O trabalho é tão bem feito que somos obrigados a especular selvaticamente para tentar saber quem é o sujeito. Eu nunca acerto e depois parece que ficam aborrecidos. Ora, deviam era ficar contentes, estão bem disfarçados. É por isso que eu acho que é um desperdício de tempo.

Concebes a fantasia mais arrojada e original e depois ninguém sabe que és tu. Chegas ao fim da noite e andas apressado de bar em bar a dizer ao pessoal "OLHA, ESTÁS VER, ERA EU". Mas o que é esta merda!

E depois nunca ninguém lhes dá o real valor da época e os mascarados sentem um vazio insuportável. Mesmo que haja um vago elogio à audácia do fato, vem sempre muito tarde. A essa hora já está tudo a discutir onde é que anda é a Brigada e pouca gente tem tempo para se derreter perante genialidade da coisa. Tantas semanas convencidos que "Agora sim, eles vão ver o artista que eu sou" para serem despachados com um reles "Estavas giro! Mas acho que os gajos estão na rotunda".

Não vale a pena. Um perfeito disparate!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O 10.642.732 mais fixe

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Mário Soares anda fodido da vida por não ter aparecido no top 10 das eminências pardas portuguesas. Há relatos que afirmam que o homem mal dorme desde que descobriu que afinal o povo português não gosta assim tanto dele como ele próprio pensaria.

Depois da abjecta, prepotente, arrogante e mal-educada campanha que fez para as presidenciais chega agora o momento da descoberta da triste realidade: o Soares não é assim tão fixe e os heróis dos portugueses são outros.

O pior de tudo foi o gajo ter vindo ridicularizar os prémios como se fosse uma criança mimada que não foi eleita delegada de turma. Não se faz, nem é de bom tom. Talvez tenha chegado a hora do adeus e o desistir da ribalta enquanto a dignidade ainda resta. Ou não!

Lembrei-me...

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...agora mesmo que não gosto nada do Luís Represas. E, neste momento, estou a ouvir Luís Represas. Se calhar foi por isso que me lembrei que não gosto de Luís Represas. Quando era mais rapazinho conheci um outro rapazinho que gostava de Luís Represas. Lembro-me de ter pensado: "Eles afinal existem mesmo".

As pessoas crescem e mudam. Eu não gostava dos Sopranos e agora já gosto. Mas Luís Represas não é uma questão de crescimento. Mesmo que se dê uma oportunidade ao gajo o Luís Represas há-de ser sempre irritante. E é reconfortante saber que há coisas que nunca mudam. A música do Luís Represas por exemplo. Nem para cima nem para baixo nem para os lados. A música do Luís Represas é a música do Luís Represas.

No dia em que o anjo do apocalipse descer à terra vai ter grande dificuldade em acabar com a música do Luís Represas. A música do Luís Represas existe num outro contexto. Não é bem humana nem sobre-humana. Esses conceitos são parcos para capturar a música do Luís Represas. Ela existe, isso é verdade, mas é como se não existisse. Não é concreta nem abstracta, é somente a música do Luís Represas.

Ela nem sequer quer ser a música de outrém (digamos que do Michael Bolton), ela é somente e sem variação possível a imutável e desnecessária música do Luís Represas. Percebem o que eu estou a tentar dizer? Percebem porque é que de vez em quando apetece pegar numa caçadeira e ir lá perguntar ao gajo o que é que ele tinha na cabeça quando escreveu aquelas cantigas? Mas não podemos. Afinal de contas estamos a falar da música do Luís Represas.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Nada que eu já não tivesse avisado...

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Ao ler isto... lembrei-me disto!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Top das mensagens de Natal

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Embalado pelo elevado número de mensagens que este ano recebi por sms, decidi elaborar um "top" das melhores. Aqui vai:

12º lugar: "Um santo Natal e um feliz Ano Novo."

A tradicional mensagem natalícia, enviada por pessoas de bom coração, que se comovem genuinamente com o Natal. Boa para enviar às avós.

11º Lugar: "Desejo que este Natal seja como a Matemática: amigos a somar, inimigos a subtrair, alegrias a multiplicar e tristezas a dividir."

As quatro operações básicas da aritmética, aplicadas com metodologia. Tem um fundo de bondade encantador, embora demasiado lógico.

10º lugar: "Mãe, se é a cegonha que traz os bebés, e o Pai Natal que traz os presentes, o que é que o pai está a fazer cá em casa?"

Ora aqui está uma mensagem ideológica! A irmandade feminina gosta destas coisas, com dose de crueldade sobre os homens.

9º lugar: "A sua mensagem para... enviada a 24.12.06, às 18.40 não foi entregue".

É a mensagem mais perturbadora de todas. Mas quem é que, no seu juízo perfeito, desliga o telemóvel no Natal? Angustia um pouco, leva-nos a pensar se terá acontecido alguma coisa à pessoa. Se calhar era esse o efeito pretendido.

8º lugar: "Feliz Natal. Boas entradas, um 2007 em grande. Feliz aniversário, bom carnaval e uma páscoa feliz. Um óptimo 25 de Abril, dia do pai e da mãe. Goza bem o S. João, o Santo António e os restantes feriados. E excelentes férias. Pronto, já está tudo despachado."

Longa demais, mostra a falta de paciência, perfeitamente compreensível, para estes rituais sociais.

7º lugar: "Venho por este meio informar que já me encontro disponível para receber presentes de Natal. Aceito cheques, dinheiro vivo, transferências bancárias, roupa de marca, telemóveis topo de gama, automóveis Maserati, Volvo ou Austin Martin, e até vivendas de luxo. Atenção, não aceito nada da loja dos chineses!"

É a mensagem mais honesta, pois na verdade fala de tudo o que gostaríamos de ter, mas não vamos ter como presente. Pode parecer gananciosa, ou mesmo cínica, mas é só à superfície. A nota final sobre os chineses é muito oportuna.

6º lugar: "Antigamente, o Feliz Natal desejava-se mesmo no dia, mas eu inventei "Feliz Natal um dia antes", e eles "enaaa pá"! Depois inventei "Feliz Ano Novo uma semana antes" e o pessoal "é pá, cum catano!" e eu "vai buscar!". E quando todos perceberam que este sms era só para amigos fixes, aqueles mesmo fixes disseram: "é pá, não mexas mais", e eu "pudera!""

É a mensagem típica deste ano, que se pendura num conhecido 'gag' dos Gatos Fedorentos. Não é muito original, mas parece que pegou.

5º lugar: "Não penses no passado porque não o podes mudar, não penses no futuro porque não o podes prever, não penses no presente porque não o comprei!"

Excelente. Enganadora, com um começo a embalar-nos na metafísica e de repente, zás, uma chamada à realidade e uma rejeição à bruta!

4º lugar: "Se hoje à noite vires um homem com barbas brancas, vestido de vermelho, já sabes, volta para a cama e para o ano bebe água."

Desencantada, mas divertida.

3º lugar: "Olá, sou o Pai Natal, e tenho presentes para te dar. Mas, como não tenho saco, vais ter de levar no pacote."

Ora aqui está a verdadeira alma subversiva da nação lusa a vir ao de cima! Não é fácil meter na mesma frase o Natal e o sexo anal, mas os portugueses são capazes de tudo.

2º lugar: "Nunca desistas de um sonho. Se não houver numa pastelaria, vai a outra."

Notável. Início poético, directo ao coração, e imediato salto desconstrutivista para a realidade. Por outro lado, fala em comida, em bolos, o que é muito certeiro nesta época.

1º lugar: "Boas festas (de preferência pelo corpo todo)."

Embora já venha do ano passado, mantém-se no primeiro lugar. É uma mensagem que mistura um adequado sentido da época, usando uma expressão tradicional lusitana, o "boas festas", e lhe acrescenta uma referência sexual oportuna e sofisticada. Repare-se no pormenor do "de preferência". Como quem diz, é melhor se for, mas se não for, também não há azar! Muito bem conseguida, sem dúvida.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

I don't know what the fuck happened to me...

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A musiquinha de amor da moda, de André Sardet, é na realidade uma cantiga de escárnio e maldizer, cheia de trocadilhos e insinuações disfarçadas, dedicada a uma gaja feia, gorda e bruxa. Ora atentemos:

Eu gostava de olhar para ti e dizer-te que és uma luz
(Ele gostava! Gostava mesmo! Amava até! Mas há qualquer coisa nela...)
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz...
(O que se acende à noite? Fogueiras! E o que se coloca nas fogueiras além de lenha? Bruxas!)
Eu gostava de ser como tu, não ter asas e poder voar
(Tipo, em cima duma vassoura?)
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...
(Tem um cu do tamanho do céu, portanto...)

Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém como tu...
(Reparem, não é "gostar tanto assim de alguém como gosto de ti", mas "como tu": feia, gorda e bruxa! Por isso é que "eu gostava de olhar para ti e dizer-te que és uma luz". Mas não é! É feia, é as trevas! Mas como o enfeitiçou agora tem de gostar dela!)

Eu não sei o que me aconteceu...
(I don't know what the fuck happened to me...)
Foi feitiço!
(It was a spell!)
O que é que me deu?
(What the hell was I thinking of?)
Para gostar tanto assim de alguém
(To fell in love with someone)
Como tu...
(Like you...)

Quem vê frentes frias...

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A frente pode ser fria! Mas a traseira, meus amigos, a traseira...

Yac Yac Yac Yac

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O riso mais hilariante de toda a história da humanidade.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Eu... sem a medicação!

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Os Correias - O Filme - Primeira Parte

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EXTERIOR - PRÉDIO SUBURBANO - NOITE
São 9 da noite numa cidade como outra qualquer. Carros passam, uns poucos transeuntes caminham. Vemos o prédio. Nada de especial, um prédio como tantos outros. Está frio, um cão remexe num contentor de lixo e uiva.

#VOZ OFF
Numa terra distante, perto de onde nós todos vivemos, havia os Correias. Os Correias eram boas pessoas. Quer dizer... havia dias! Mas na maior parte dos dias eram boas pessoas. (voz subitamente soturna) Caro espectador, com humildade lhe rogo que seja paciente. Em breve ficará a conhecer todos os elementos deste mui sui generis clã. Não entre já em convulsões modernas. Tudo isso lhe faz mal ao colesterol. As veias dilatam, o coração acelera, os suspiros entrecortam o raciocínio e os suores alagam-lhe a fronte. Pela sua saúde, não mude de canal. Os Correias estão a caminho.

#CUT TO:
INTERIOR - SALA DE JANTAR - NOITE
Zé Correia, 42 anos, gordo, gordo de colesterol, está sentado no sofá a ver televisão. Está a dar um reality show muito fraquinho e Zé tem pedaços de batatas fritas espalhadas na camisola interior. Entra a mulher Joanita, Joanita Correia, 40 anos, muito magra e pálida, óculos graduados e ar de pessoa mal medicada. Vem cheia de sacos com compras.

JOANITA - Olá amor. Que é que está a dar?
ZÉ - Aquele.
JOANITA - Qual?
ZÉ - Acho que o gajo vai comer aquilo. Não acredito. O gajo vai comer aquilo.
JOANITA - Comer o quê amor?
ZÉ - Nem que lá entornassem um frasco de mostarda e lhe chamassem Brigite. Não metia aquilo na boca.
JOANITA - Ah, já sei. Não era hoje que o senhor ia comer o cagalhão?!
ZÉ - Minha nossa senhora!!! Virgem Maria!!!!!! Alguém que telefone para a Cruz vermelha!
JOANITA - (enojada) Que é aquilo que lhe está a escorrer pela cara abaixo?
ZÉ - Qual? O castanho ou o roxo?
JOANITA - O roxo é pus, acho eu! O castanho é que não sei.
ZÉ - O castanho presumo que seja o cagalhão!
JOANITA - (surpresa) Nãaaaaaaaaaao!!!!!! E fica assim líquido tão depressa?
ZÉ - (encolhendo os braços) Parece que sim! Lembras-te da tua tia no baptizado do Jerónimo?
JOANITA - O aleijado?
ZÉ - Esse é que é o Jerónimo? Pensei que o aleijado fosse o Rodrigo. Qual deles é que troca as cores?
JOANITA - O Rodrigo.
ZÉ - Então é o Jerónimo! Certa vez a mãe dele caiu e bateu de frente num cagalhão!
JOANITA - Ah sim, já me lembro.
ZÉ - E então quando ela se levantou começou a mastigar porque não sabia que tinha caído com a cara em cima do...
JOANITA - ...Pois foi.
ZÉ - E aquilo escorria assim pela cara abaixo.
JOANITA - O cagalhão?
ZÉ - Por falar nisso, vai chamar o Pedro. Tenho que ter uma conversinha com esse menino. Parece que tirou negativa a Física outra vez.

#CUT TO:
INTERIOR - QUARTO DE ADOLESCENTE - NOITE
Pedro, 13 anos, está eufórico a jogar playstation.

PEDRO - Dá-lhe aí paneleiro! Esquerda!!! Esquerda!!!! Esquerda cabrão!!! Salta!!! Salta!!!

Entra a mãe Joanita.

JOANITA - Filho!!! Que se passa?
PEDRO - Este palhaço não quer saltar nem virar à esquerda. Mas isso resolve-se já. (dá um chuto no comando). PRAISE THE MASTER!!!!!!
JOANITA - Que comportamento esquisito. Olha, o teu pai quer falar contigo. (ameaçadora) E olha que pela cara dele estás bem entregue. Ai está estás!!!
PEDRO - Não me digas que me vai moer o juízo por causa das negativas.
JOANITA - As negativas? É mais que uma?
PEDRO - Nem eu sei quantas são. Quero deixar a escola.
JOANITA - Não te armes em Chuck Norris que o teu pai aquece-te os calos.
PEDRO - Estou a falar a sério. Quero ir para a Bósnia.
JOANITA - Bósnia? Fazer o quê para a Bósnia?
PEDRO - (atrapalhado) Quero ir lutar pela liberdade.
JOANITA - (exasperada) Tu vais mas é lutar por não levares dois sopapos do teu pai. Siga!!! À minha frente!!!

Pedro avança em passo ligeiro enquanto a mãe tenta em vão dar-lhe uma sapatada.

#CUT TO:
INTERIOR - QUARTO DE ADOLESCENTE FEMIMINO - NOITE
Tânia, 15 anos, está à janela a fumar um cigarro e a falar ao telemóvel. Tânia não é muito bonita mas vê-se que se preocupa. Tem umas roupas coloridas à la Floribela e o cabelo todo virado do avesso. E o maldito acne. E o maldito aparelho nos dentes.

#VOZ OFF
As piores são sempre as raparigas. Havia os Correias e a filha mais velha dos Correias, que se chamava Tânia. Não vão por mim que nestas coisas não sou muito de fiar mas a Tânia não é nada de especial. O maldito acne. E o maldito aparelho nos dentes. Mas enfim, a Tânia como qualquer um de nós tem direito ao amor. E a Tânia gostava do amor.

TANIA - (ao telemóvel) - Gorda!!!!! Está gorda como um tanho!!!! Juro-te. Já viste aquele filme da baleia que come o boneco de pau? Tás a ver a baleia? É como se entrassem as duas no televendas e ela fosse o “antes”. (pausa) Nãaaaao, muito pior, tem coisas na cara. Sim sim. Coisas tipo... Gremlins ou Estrunfes. (pausa) Às cores. (pausa). Acho que está tão habituada às borbulhas que lhes dá nomes. (pausa) Acho que aquela mais gorda que ela tem por cima do queixo chama-se Ramalho Eanes. (pausa) Acho que é um cantor de ópera. (pausa) Ouvi dizer que o Gonçalo estava tão pedrado na festa da Irina que foram para o jardim e desataram no marmelanço. (pausa). Acho que as tetas dela são falsas.

Joanita bate à porta.

JOANITA - Filha, o jantar está na mesa.
TANIA - Não quero comer.

Joanita entra. Tânia desembaraça-se do cigarro.


JOANITA - (enigmática) - Olha, meu amor. Eu sei que tu gastas muito dinheiro em revistas e estás a passar uma fase complicada. Eu compreendo. Eu já tive a tua idade. Sempre gostei da cinturinha fina e andar para trás e para a frente a abanar o cagueiro para ver se os rapazes vinham atrás de mim. Acredita, aconteceu-nos a todas. Até à tua tia.

TANIA - A mãe do Jerónimo, o aleijado?
JOANITA - O Jerónimo não é aleijado, troca as cores. Mas, como eu estava a dizer, por muitas peneiras que nos subissem à cabeça nenhuma de nós, repito, nenhuma de nós alguma vez disse não a um cozido à portuguesa.
TANIA - Que noojoooooo!!!!!!!!
JOANITA - Nojo é ter comida e passar fome. Tens-te visto ao espelho ultimamente? Que é feito do teu traseiro querida? Parece que as tuas pernas começam nos tornozelos e acabam no pescoço. Não faço a mínima ideia como é que cagas!
TANIA - É por coisas assim, que eu mal tenha idade vou fazer um casting e sair desta casa horrível.
JOANITA - Isso é falta de gorduras.
TANIA - Odeio-te.

#CUT TO:
INTERIOR SALA DE JANTAR - NOITE
Os Correias jantam. Zé, o pai, ocupa o lugar central ladeado pela esposa e pelos dois filhos, Tânia e Pedro.

ZÉ - E eu até era bom aluno a Física. Certa vez descobri que os grilos não gostam de fogo. Descobri-o sozinho. A minha cabeça sempre foi muito irrequieta. Observo os fenómenos e procuro uma explicação. Num Novembro carregado fomos aos grilos e eu apanhei um logo à primeira palha. Acendi um fósforo e ele fugiu.
JOANITA - Fugiu do quê?
ZÉ - Do lume.
JOANITA - Chegaste-lhe o fósforo?
ZÉ - Sim.
JOANITA - (escandalizada) Para quê?
ZÉ - (PERCORRENDO COM O OLHAR OS DOIS FILHOS) As mulheres nunca tiveram muita queda para as ciências exactas. Sabes o que disse Lavoisier?
PEDRO - Penso, logo existo.
TANIA - (batendo no irmão) Isso foi o Descartes seu atrasado.
ZÉ - (surpreso) Descartes? Não interessa. O que é facto é que se calhar podia haver pessoas que continuariam a pensar que os grilos não tinham medo do lume. E isso é falso. Não quero gabar-me mas acho que fui eu que descobri isso. O professor Leonardo aplaudiu muito a minha experiência apesar de não ter gostado muito da demonstração que fizemos na sala de aula.
JOANITA - Então porquê?
ZÉ - Naquele dia não havia grilos disponíveis, por assim dizer, e levamos a iguana assassina do Robério.
TANIA - Que noooooojoooooo!!!!!!
ZÉ - Também tinha medo do fogo.
JOANITA - Achas que isso é um bom exemplo para o teu filho? Iguanas assassinas!? O rapaz está carregado de negativas. Nem sequer sabe que o planeta que habita é redondo.
PEDRO - Mas sei! Não sabia é que havia outros. Não acredito que sejam todos redondos.
JOANITA - Acredita meu filho, os planetas são redondos.
PEDRO - E se não forem? Que é que lhes acontece? São expulsos da irmandade dos planetas? Ninguém deve julgar os outros planetas pela sua aparência.
JOANITA - Estás a ver? Olha o que criaste!!! Uma besta que nem sequer sabe que o planeta que habita é redondo.
TANIA - E achatado nos pólos.
PEDRO - Ah ah ah ah ah!!!!!!!
ZÉ - Que foi?
PEDRO - O Fábio do segundo esquerdo Na Escola dizem que ele é meio lerdo por isso dizem que o gajo é achatado nos pólos.
JOANINHA - PARA MIM É SUFICIENTE!!! A PARTIR DE HOJE NÃO VÊS MAIS TELEVISÃO!!!!!
PEDRO - Essa agora!!! Então assim o que é que eu faço da vida?!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Livros chatos

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Alguém aqui já foi forçado a ler um livro verdadeiramente chato? Daqueles que por muito que um gajo leia não faz a mínima ideia do que se está a passar? Tipo James Joyce!?

Eis um pedaço de prosa inventado por mim:

Seu filho de uma grande puta - vociferei eu indestelado pelas fasunímias porosas do seu lento e melódico verter. De tão tarde que era não me apercebi das moratórias esvoaçantes que perturbavam sobremaneira a minha deglutição do queijo. - Anda que mais dia menos dia podes ter a certeza que te fodo as bentas. - Mirou-me atónito indagando a sua própria consciência sobre a falacidade de todas as mocazimanhas .
Agora vou descrever o por do sol.
As amparas dos ferrúcios baculiavam terifosamente em busca da jaliomia ampere dos preceitos. E eu chorei. Chorei como não tinha chorado até então.
Lembro-me de tomar chá com o embaixador por debaixo daquelas digemásias. Era um homem culto, diáfano. Mormente no que diz respeito aos parágrafos que obedecia com uma efusividade quase sacilínea. Perguntei-lhe sobre o terramoto transgénico mas ele desviou sábiamente a conversação para territórios mais lubrificados. Passou a criada e ele enrabou-a. Não posso com consciência afirmar ter apreciado o espectáculo mas para um homem daquela idade corresponder aos anseios com tão relampagosa solicitude faz dele e de mim um homem melhor.
Por volta das 9 as luzes apagam-se naquele casarão imborbilado. Eu fico sozinho, coitadinho, com os meus livros. Quem me dera um filme porno.


Alguém entendeu alguma coisa do que se estava a passar?
Quer dizer... "em busca da jaliomia ampere dos preceitos..."
Que merda vem a ser esta?

Até podem ter morto alguém no princípio do livro e só ser desvendado na última página. Não paga o esforço de um gajo se sentir estúpido só porque o autor dorme com um dicionário.

Vou ali e já venho.

Conto erótico judeu

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Isaac era milionário. Não se tinha casado para não gastar dinheiro. O seu único luxo era a sua empregada, a Jacinta, boa como o milho. Todos os dias, durante anos, quando Isaac chegava a casa, a Jacinta servia o jantar e a seguir ia tomar banho.

Um dia, Isaac estava a jantar e enquanto ouvia o barulho da água a correr, começou a pensar na Jacinta a tomar banho. Mastigava a comida e pensava na Jacinta a tomar banho... mastigava e pensava... mastigava e pensava... até que se levantou e foi à casa de banho e decidiu bater à porta.

- Jacinta, você está a tomar banho?
- Estou sim, Sr. Isaac.
- Jacinta, abra a porta para o Isaac.
- Mas, Sr. Isaac, eu estou nua!
- Jacinta, abra a porta para o Isaac.
- Mas, Sr. Isaac, eu...
- Jacinta, ABRE A PORTA JÁ!

E Jacinta lá abriu a porta ao Sr. Isaac. Este entra na casa de banho, vê a Jacinta nua, esplendorosa, e pergunta:

- Jacinta, quer foder o Isaac?
- Mas, Sr. Isaac, eu não sei... - Diz ela, com voz trémula e as mãos a tapar as partes baixas.
- Jacinta, quer foder o Isaac ou não quer? - Pergunta ele, algo exaltado.
- Sim, quero, Sr. Isaac - Responde ela, ainda fugidia, mas resignada.

Então Isaac salta para dentro da banheira, põe a mão na torneira... fecha-a e grita:

- NÃO VAI FODER O ISAAC NÃO! CHEGA DE GASTAR ÁGUA!

Última Hora!

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Soube-se à momentos que Saddam Hussein era um ficheiro ".exe".

A prova disso é que ele foi executado!