quinta-feira, fevereiro 23, 2006

A guerra colonial e o Benfica

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Excerto de uma entrevista de António Lobo Antunes à revista Visão, onde, às tantas, se evoca a guerra do Ultramar, em Angola, em que o Autor tomou parte:

[...]
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: (...) Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo havia coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra um do Benfica?
V: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
[…]

3 Response to A guerra colonial e o Benfica

23 fevereiro, 2006 21:20

Ó Judas...
Mais um post sobre o Benfica e levas um tiro...

24 fevereiro, 2006 08:52

lololololol... bem me parecia que os pretos... pffffffahahlololololololol.... até me está a doer a barriga de tanto rir...

Será que, se a malta virar os autifalantes prá mealhada, também resulta?

24 fevereiro, 2006 18:48

lolololollolololol...