quinta-feira, maio 11, 2006

Os nomes

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Na sua origem, os nomes tinham um significado e eram atribuídos em função da sua carga significativa, acreditando-se então que esta carga se transportaria para a personalidade da pessoa que o ostentasse. Quem usasse o nome de Elisabete seria uma pessoa extremamente activa, persistente e com grande força de vontade, que alcançaria sempre os objectivos a que se propunha. Os Júlios (que em latim significa “cheios de juventude”) seriam inevitavelmente pessoas de memória prodigiosa, muito organizadas, com um dinamismo contagiante, e assim por diante.

Depois começou também a atribuir-se um nome que evocasse alguém bem sucedido numa área específica: a conquistar, a fundar, a descobrir, a desbastar, a emborcar inúmeros shots de vodka, etc.

Um dia, um casal de inconscientes olhou para a sua criança recém-nascida e procurou na sua cara um nome que lhe fizesse jus. Ao fim da vigésima terceira tentativa decidiram chamar-lhe José: o nome de um corno manso que achou que a sua mulher tinha emprenhado de um anjo. Mas o difícil foi mesmo o apelido: por mais que olhassem para a criança não lhes ocorria nada - a criatura tinha um olhar bovino e totalmente desprovido de inteligência. Então o pai lembrou-se daquele gajo que elaborava que nem um doido (e que nutria uma especial preferência por meninos), e deram-lhe o apelido de Sócrates. Podia ser que se safasse...

3 Response to Os nomes

Anónimo
16 maio, 2006 15:01

Atention!!! Eu também me chamo José...

Anónimo
16 maio, 2006 15:02

No post de cima esqueci de colocar o nome de familia... Anonymous.
José Anonymous

Anónimo
16 maio, 2006 15:04

Olha lá Judas das Linhas, tens um certo desatino com o Socrates?