sexta-feira, março 31, 2006

Testemunhas

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Não vos causa estranheza a designação «testemunha presencial»? O que é que isto é suposto definir: um tipo que estava fisicamente presente num local onde se deu uma ocorrência, não? Ora isto significa que quem não estava fisicamente naquele local quando se deu a concorrência é uma «testemunha não presencial». Cheguei à conclusão que sou uma testemunha não presencial de milhares de atrocidades e isso deixa-me preocupado. É que esta condição de testemunha não-presencial coloca-me na eminência de qualquer dia ser intimado a comparecer num qualquer tribunal algures no mundo, para testemunhar não presencialmente um crime qualquer, o que convenhamos não dá muito jeito, principalmente se tiver que fazer várias escalas.

A outra designação dúbia é «testemunha ocular». Isto supostamente define alguém que é uma testemunha presencial e que ainda por cima viu tudo o que se passou em determinada ocorrência. Ser «testemunha presencial» não é o mesmo que ser «testemunha ocular»? Ou também há «testemunhas auriculares»? Curiosamente nunca ouvi ninguém falar nas testemunhas auriculares, aqueles tipos que estão no lugar da ocorrência mas que por qualquer motivo não olham para ela. Não olham, pronto. Não gostam de olhar para aquelas porcarias. Mas ouvem. Ouvem tudo. Não serão estes gajos testemunhas auriculares?

Isto leva-me a pensar que podem existir «testemunhas não presenciais auriculares»: tipos que estão longe da ocorrência mas que conseguem ouvi-la. Esses tipos são considerados legítimos? Mesmo que o pai seja incógnito? Não faço ideia.

Mas onde a coisa se baralha mesmo é com aqueles gajos que estão longe da ocorrência e no entanto estão a olhar para ela com um par de binóculos. São as «testemunhas binoculares». Estes nem são presenciais nem auriculares (porque estão longe demais para ouvir o que quer que seja). Poderão estes gajos ser levados a sério num tribunal? Espero bem que não. É que eu todas as noites sou testemunha binocular das excêntricas actividades nocturnas de uma vizinha jeitosa, e não me dá jeito nenhum ir parar a um tribunal.

Anti-Coisa

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Olá pessoal! Eu até nem tenho nada contra as coisas no seu verdadeiro sentido, eu só tenho é contra os outros sentidos todos. É que é coisa para aqui, coisa para ali. O coiso que coisa com a coisa! E esta coisa torna-se por vezes deveras aborrecida.

Até porque se os nomes existem é por alguma coisa... razão! Porra que é uma tentação esta palavra!

Olhem, deixem-se mas é de coisas e comentem este post!

terça-feira, março 28, 2006

Vai, Benfica, e mostra-lhes

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Vai, BENFICA, e mostra a toda a gente o que é isto de ser maior que o Mundo. Vai, e derrota a arrogância culé e o pessimismo de quem não percebe, quem não entende, que a vida é mais, muito mais, do que o que se vislumbra através das grades do pensamento racional. Explica-lhes, BENFICA, que o mundo é de quem não acredita no que lhe dizem ser impossível e de quem persegue os sonhos, contra tudo e contra todos.

Tu, expoente máximo da vitória sobre o fado lusitano e sobre o triste fatalismo de um país que tudo teve e tudo perdeu; tu, dizia eu, que rompeste as mordaças castradoras de um Portugal perdido em si próprio e que passeaste a tua Glória pelo Mundo; vai, e mostra-lhes, faz-lhes ver quem é, o que é o BENFICA. E quem somos nós, estranha forma de vida, que repousamos a nossa alma nas asas de uma Águia imensa.

As hipóteses são, de acordo com meio mundo, escassas, e todas as probabilidades são contra. Temos, mais uma vez, tudo contra nós. Não o quereria de outra forma. Busca, sem reticências ou medo, a vitória. Vende cara a derrota.

É lutar até ao último suspiro. Não desistir nunca. Acreditar até ao fim.

Hoje, como sempre, BENFICA, estamos todos contigo. Como não? Somos parte de ti.

Aconteça o que acontecer, sempre estaremos aqui, sempre estaremos contigo.


FORÇA BENFICA

segunda-feira, março 27, 2006

Já chegou a Roma...

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A Ave Maria rezada anteontem no Vaticano, morreu hoje com a gripe.

quinta-feira, março 23, 2006

O passaporte

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Tribunal ordenou entrega do documento a Fatima Felgueiras.


T.: Minha senhora vai ter que nos entregar o seu passaporte.
F.F.: Pois, mas é que eu... deixei-o no Brasil... foi isso, deixei-o no Brasil.
T.: Não está á espera que nós acreditemos nisso, pois não?
F.F.: Haaaaa.... espere, estou a lembrar-me... foi o meu cão que comeu o passaporte!
T.: ...?!?!? A senhora tem uma lata!!
F.F.: E um saco azul.

quarta-feira, março 22, 2006

O aparelho do Estado

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O aparelho do Estado suscita-me alguma curiosidade. Principalmente porque nunca o vi. Leio recorrentemente sobre ele nos jornais e ponho-me a imaginar que tipo de aparelho será. Não parece que tenha alguma coisa a ver com os aparelhos dentários, porque esses têm uma função de correcção e como sabemos o aparelho do Estado não corrige nada, muito pelo contrário, vai dando cabo de tudo. Também não deve ser um daqueles aparelhos anticoncepcionais como o D.I.U. porque para haver anti-concepção deveria existir a hipótese de haver concepção e, como também sabemos, o Estado não concebe nada, muito pelo contrário, é inconcebido e inconcebível.

Uma coisa me parece indubitável: o aparelho do Estado é a pilhas! Só pode ser a pilhas! Implica sempre pilhas de gente inoperante, pilhas de gente à espera, pilhas de processos pendentes e irresolúveis, pilhas de impostos a pagar, e pilhas, muitas pilhas, de paciência para aguentar e alimentar o aparelho do Estado. Mas o facto de ser a pilhas não é esclarecedor do tipo de aparelho que é: há tantos aparelhos a pilhas por aí, e tão diferentes entre si, que não são aparelhos do Estado.

Confesso que quando penso no aparelho do Estado penso naqueles aparelhos tão complexos que já ninguém percebe como é que funcionam. Quem o inventou já deixou este mundo há muito, e os que cá ficaram responsáveis pela sua manutenção não percebem lá muito bem como é que o bicho funciona, embora olhem para ele com aquele ar entendido de quem conhece a mais ínfima porca e o mais remoto parafuso daquele inexpugnável e ruidoso aparelho.

Se querem que vos diga, eu acho que na realidade aquilo não é um aparelho, é um zingarelho (evitem as tremuras no lábio superior se conseguirem) – daqueles zingarelhos que funcionam mal e porcamente, e cujas intervenções mecânicas são feitas atabalhoadamente sem se perceber lá muito bem que merda é que vai acontecer a seguir, no zingarelho do Estado.

quinta-feira, março 16, 2006

Cartão Único

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Foi anunciado na passada semana nos media nacionais o Cartão Único (CU). Em 2007 José Sócrates dará o CU a todos os portugueses. É de homem!

Gerações vindouras não conhecerão outra realidade que a do CU do Sócrates. A partir de agora, com o CU do Sócrates, os portugueses ficarão completamente servidos, mostraremos o CU do Sócrates ao polícia que nos multa, à senhora que nos marca a consulta do médico, e não poderemos pagar os impostos sem o CU do Sócrates. Até para votar, seja lá em quem for, lá estará o CU do Sócrates. E a parte melhor da notícia é que, para ter o CU do Sócrates, cada português pagará apenas cerca de oito euros.

Ficam desde já a saber, a partir de 2007 vamos todos poder usar o CU do Sócrates.

quarta-feira, março 15, 2006

Últimos dias.

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Aviso as candidatas ao "ménage à trois" que já só há duas vagas por preencher.

Tudo pelo desporto, nada contra o desporto.

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6 formas simples de acabar com a corrupção no futebol

É urgente acabar depressa com as frequentes ondas de suspeição em torno do desporto-rei. Basta de juntar desporto e corrupção na mesma frase por tudo e por nada. Que a corrupção no futebol é real parece ser um facto mas acabar com ela não é tão difícil como se possa pensar. Aqui ficam seis hipóteses. É só escolher uma.

1 - A solução mais fácil passa por um ataque concertado dirigido aos fundamentos da corrupção. Numa primeira fase, é necessário tornar legal o pagamento de uma compensação monetária aos árbitros para ajudarem a perverter o resultado de determinado jogo. Numa segunda fase, tornar-se-á socialmente aceitável organizar orgias com meninas carentes de nacionalidades exóticas em quartos de hotel nos quais, por um grande acaso, também durmam árbitros e fiscais de linha. É tudo uma questão de formalidades.

2 - O ser humano é frágil e facilmente corruptível. Substituam-se os árbitros humanos por gnus trazidos propositadamente da savana africana. Claro que um gnu pode ser facilmente desviado do seu caminho com uma mão cheia de palha e um punhado de cenouras mas tente-se explicar-lhe a importância da vitória da equipa A sobre a equipa B. Não há corrupção possível.

3 - Também há a solução linguística. Basta substituir por decreto a palavra corrupção em todas as suas aplicações pela palavra “orquídea” e não mais haverá queixas de que há corrupção no futebol. Quanto à existência de orquídeas no futebol, qual será o monstro capaz de se queixar de uma flor tão bonita?

4 - Assegurar que, a partir de agora, o único resultado de um jogo de futebol permitido por lei será o empate, independentemente do que suceda efectivamente durante o jogo.

5 - Entregar a arbitragem a freiras carmelitas descalças (famosas entre a comunidade monástica pela sua rectidão e honestidade). E, claro está, impedir todos os contactos entre as ditas freiras e o major Valentim Loureiro. Nem a carmelita mais devota consegue resistir a uma noite de folia com o major numa casa de meninas em Amarante.

6 - E, finalmente, a que talvez seja a forma mais eficaz de todas. Por cada erro de arbitragem detectado à posteriori, o árbitro, o fiscal de linha e os presidentes de cada clube serão sodomizados por um gorila medicado com Viagra. Existe a possibilidade de, com a implementação desta medida, poder haver um aumento da corrupção mas é um risco que teremos de correr para o bem comum.

quinta-feira, março 09, 2006

Obrigado CAMPEÕES

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quarta-feira, março 08, 2006

Eu acredito...

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Meus amigos, companheiros, gente que vive com o Benfica na alma.

Ser benfiquista significa, entre outras coisas, que se acompanha o Benfica nas vitórias, nas derrotas, nos bons e maus momentos, nas alegrias esfuziantes, nas formas de morte anunciada. Não o quereria de outra forma.

Hoje, contra os "Piscinas de Figado", vou-me equilibrar no ténue fio de esperança que nos separa do abismo. Consciente que se cair, levanto-me, sacudo a camisola e cantarei que ser do Benfica me envaidece.

Vou gritar até ficar sem voz, até os pulmões me falharem. Sei que não me vão ouvir, mas a minha alma benfiquista vai dançar entre as camisolas cor de sangue, vai bailar com os nossos jogadores e por entre as camisolas berrantes - quais papoilas saltitantes - hoje vou voar nas asas da Águia.

terça-feira, março 07, 2006

História de Portugal (ultra-condensada)

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Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo. Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo. Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio de Pombal chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas. Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho cravos em cima do assunto.

Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.

E o Cavaco?

O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.

FIM

sexta-feira, março 03, 2006

Ainda os cartoons

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Desde que os dinamarqueses fizeram umas caricaturas de Maomé que os muçulmanos andam armados em alarves a destruír embaixadas por todo o mundo árabe. Na Turquia, esse país a resvalar perigosamente para a União Europeia, até mataram padres à conta de uma dúzia de rabiscos nórdicos. Para um ocidental parece um bocadinho excessivo, este protesto muçulmano...

Isto leva-me a pensar na violência latente do mundo árabe, no apedrejamento de mulheres, nas execuções públicas, nas chibatadas também elas públicas. Não acho normal esta violência e não concordo que esta tenha origem na religião, ou no Corão, se quiserem. O Corão pode ser culpado de muita coisa, mas não o é da violência compulsiva do fundamentalismo islâmico. Na minha opinião o problema disto tudo é da poligamia.

Já viram bem o que aqueles gajos sofrem diariamente? Façam as contas comigo: aquela malta tem mais de uma mulher, na pior (ou melhor) das hipóteses têm duas mulheres. O mais vulgar é terem umas cinco ou seis. Estão a imaginar o que é aturar 6 fêmeas diariamente? 6 gajas a chatear-vos a cabeça diariamente, cada uma com o seu lote de filhos babosos e choramingões, e com as suas crises de TPM a PARTIR-VOS CIRURGICAMENTE A CAROLA numa base diária?

Imaginem o que vocês passam diariamente e agora multipliquem por seis, ou por sete, ou por vinte! Conseguem imaginar o estado de nervos em que vocês viveriam? Qual era a maneira que vocês teriam de lidar com esta questão? É claro que tinham que sair de casa e extravasar: punham bombas à volta da cintura e iam ao centro comercial mais próximo; iam dar porrada nos vizinhos isrealitas; e em dias mais complicados É CLARO QUE SE CHATEAVAM COM A MERDA DOS CARTOONS!! Até se chateavam com a falta dos cartoons, se fosse caso disso.

Portanto antes de criticarem gratuitamente estes protestos anti-cartoon pensem no que estes desgraçados penam diariamente. Ponham-se nos sapatos deles. E depois digam-me se também não iam arrear na malta do consulado mais próximo.

quinta-feira, março 02, 2006

Atchim !

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É oficial. Confirba-se.

Esdou consdibado b'la bribeira bez esde ano.

E denho cieiro. Satice.

quarta-feira, março 01, 2006

Acabou o carnaval

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Acabou o carnaval mas a palhaçada continua.